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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

sexo


Tenho recebidos alguns e-mails pedindo informações sobre esse assunto...muitos comentaram que
estão discutindo esse assunto em uma novela, mas eu não assisto novelas...então vamos tentar esclarecer algumas coisas....
Creio que todos já pensamos em algum momento que somos compulsivos por sexo...eu mesma já pensei
que era uma ninfomaníaca...mas sou normal, rsrsrs...
Reuni aqui algumas informações sobre esse assunto com opiniões de profissionais da área....

Oswaldo Rodrigues, psicólogo do Instituto Paulista de Sexualidade, garante que não existe um problema com o excesso de sexo em si, mas sim a forma através da qual ele é exercido. Fazer para se livrar de outros problemas, no trabalho ou mesmo na família, pode ser mau indício. E é preciso verificar se, nessa prática como fuga, existe prejuízo na vida conjugal, social e até espiritual.

"Quanto mais áreas estiverem prejudicadas pelo exercício de atividades sexuais que se tornaram prioritárias, mais consideramos um comportamento sexual compulsivo". Se há ainda, somada à fuga, uma falta de controle sobre o exercício da sexualidade, o problema pode ser maior. "Esse é um item que permite compreender este comportamento como doentio".
A organização americana "The Society for the Advancement of Sexual Health - Sash" dedica uma página em seu website para explicar a compulsão ou vício sexual. Segundo ela, não há um tipo de comportamento específico para indicar "doença", mas três perguntas podem ser feitas por quem acha que está sofrendo do problema: "Tenho senso de que perco o controle com relação ao meu comportamento sexual?", "Estou sofrendo significantes consequências por conta da minha falta de controle?" e "Me sinto como se pensasse constantemente no meu comportamento fora de controle, mesmo quando não quero?".
As respostas dessas perguntas podem ajudar a definir os limites do vício e da compulsividade sexual. E nisso entra também masturbação e consumo pornográfico, além de abuso de outras pessoas. Se responder "sim" às três questões acima, é indicado procurar ajudar para clarear as complexidades desse comportamento sexual. Na página da Sash há ainda um teste http://sash.net/content/view/63/110/ (em inglês) desenvolvido pelo médico Patrick Carnes, que pode ajudar a entender o vício sexual e até determinar se o problema realmente existe.


Na opinião de Oswaldo são considerados compulsivos ou viciados em sexo aquelas pessoas que priorizam as atividades sexuais de maneira a impedir o desenvolvimento de outras áreas, criando limitações - assim como o abuso de drogas ou álcool. "Buscar sexo sem planejamento de cuidados e saúde é outro ponto importante", alerta. Nesse caso, a pessoa planeja o sexo, mas não se importa com o próprio bem-estar.
Um comportamento desse tipo pode ser sintoma de características de personalidade obsessivo-compulsiva. "Muitos homens (são mais homens que mulheres) que tenham esta característica de personalidade usam para a busca de atividades sexuais, perdendo controle sobre a busca em si". Para quem sofre disso, o desejo funciona como uma irritação - não passa enquanto não se descarrega a tensão. O problema é que quanto mais você descarrega, mais a tensão cresce.
O tratamento para esse tipo de problema - quando ele é percebido de fato - é a psicoterapia comportamental-cognitiva. "A pessoa precisa compreender-se e modificar os fatores cognitivos que a empurram a fazer sexo e produzir emoções sem controle, além da necessidade de desenvolver comportamentos e formas de relacionamento sexual e conjugal que lhe sejam satisfatórias", aponta Oswaldo. Segundo ele, tratamentos com medicamentos são ineficazes, pois assim que percebem a diminuição de motivação sexual e a falta o prazer sexual, as pessoas normalmente deixam de tomá-los. "E retornam para o mundo impulsivo das atividades sexuais", avalia.
Na opinião do psicólogo, grupos como a Associação dos Dependentes de Amor e Sexo Anônimos (Dasa), que se assemelha ao AA ou NA, são muito importantes, pois ainda faltam profissionais de saúde em quantidade que tratem estes problemas, em especial no serviço público de saúde. "Estes grupos não tratam efetivamente estes problemas. Eles dão apoio emocional e social a pessoas que necessitam". Concordando com Oswaldo, a Dasa define que existe um padrão obsessivo/compulsivo, seja sexual ou emocional (ou ambos) em relacionamentos ou atividades sexuais que progressivamente se tornaram destrutivas para a carreira, família e senso de auto-respeito. "A dependência de amor e sexo leva a consequências cada vez piores se não for cuidada a tempo", pontua a Associação.
Fazer sexo é bom e quase todo mundo é unânime em dizer que gosta da prática. Ele perde a graça quando vira obrigação, escravidão da pessoa com ela mesma. Como outro vício, tem o poder de ser válvula de escape para problemas que não se quer enfrentar. Sentir prazer no sexo (e gostar muito) é normal e delicioso. Ruim é deixar de lado as outras atividades da vida em nome do prazer de uma coisa só...


O sexo anal faz parte da fantasia de muitos homens. Já as mulheres se dividem em três grupos quando falam sobre esse tema: as que detestam e não fazem de jeito nenhum, as que fazem apenas para satisfazer o parceiro, e as que gostam - mas nem sempre assumem.
Muitas vezes, o que faz as mulheres fugirem dessa prática sexual é apenas o desconhecimento. "O sexo anal é, provavelmente, o maior tabu sexual existente na nossa sociedade. Há pessoas que simplesmente não aceitam", explica o sexólogo Celso Marzano, no livro O Prazer Secreto (ed. Éden).
Confira as dúvidas mais comuns sobre o assunto e descubra como praticá-lo sem dor, sem culpa e sem riscos para a saúde.


1. Por que o sexo anal é uma das fantasias favoritas dos homens?


Primeiro, porque a negação da maioria das mulheres estimula o desejo sexual masculino. Além disso, o ânus é mais apertado que a vagina. Isso pode proporcionar uma sensação mais prazerosa ao homem.


2. Qual é a melhor posição para o sexo anal?


É sempre aquela em que os parceiros se sentem bem. Uma sugestão confortável é a posição colherzinha, de lado. Ou com a mulher por cima, controlando a penetração. A posição de quatro é a menos indicada: uma penetração profunda pode causar dor ou machucar a mulher.


3. O que eu faço se sangrar durante a penetração?


Isso não é comum, mas se a penetração for feita com pouca lubrificação, pode causar ferimentos na região. Nesse caso, interrompa a relação sexual imediatamente. Se o sangramento não parar, procure ajuda médica. Evite esse tipo de problema com bastante lubrificante.


4. Ele só quer sexo anal. É um problema?


A busca por formas diferentes de prazer sexual é natural. Mas fique atenta se seu parceiro só quer fazer sexo anal e quando você propõe outras variações ele fica ansioso. Pode ser um sinal de que ele tem um distúrbio chamado parafilia, que é a fixação em um só tipo de excitação sexual.


5. A dor no sexo anal costuma diminuir com o tempo?


A dor geralmente é provocada pela ansiedade ou pelo medo. Quase sempre ela aparece por falta de técnica adequada, pressa, pouca lubrificação e não-relaxamento do ânus. Com o tempo, a prática e a segurança nessa posição sexual, o incômodo tende a desaparecer.


6. É mais fácil pegar alguma doença pelo sexo anal?


Sim. E não só pegar, mas também transmitir doenças sexualmente transmissíveis (DST) para o parceiro. É mais fácil surgirem lesões no ânus e no pênis durante esse tipo de relação. Além disso, o intestino absorve os vírus com mais facilidade do que a vagina. Por isso, o uso da camisinha é indispensável.

7. Se eu tiver hemorroidas, devo evitar o sexo anal?


Não é necessário evitar, desde que você tome cuidado durante o ato sexual. Mas se as hemorroidas forem grandes ou estiverem inflamadas, é melhor optar por outra forma de prazer.


8. Dá pra ter orgasmo fazendo sexo anal?


Sim. O ânus não tem terminações nervosas específicas para aumentar a excitação até atingir o orgasmo. Mas, pela fantasia, pela masturbação e pela entrega de corpo e alma, você pode!


9. Pensar em sexo anal indica que meu parceiro é homossexual?


Não. O sexo anal é uma fantasia entre homens de qualquer orientação sexual. A homossexualidade consiste no desejo por pessoas do mesmo sexo. Nada a ver.


10. Em que casos não se deve fazer sexo anal?

Só para agradar o parceiro (sugira outra posição). Quando há hemorroidas inflamadas ou feridas no ânus. E, claro, quem não se sente à vontade.


11. Como obter prazer no sexo anal?


A região anal proporciona prazer porque é uma zona erógena. Mas como não tem lubrificação natural, algumas veias da entrada do ânus podem se romper com a penetração, provocando sangramento e dor. Para evitar isso, use um bom lubrificante, confie no parceiro e relaxe a musculatura na hora da penetração.

Queridos uma ótima noite a todos...



 O maior segredo é estar realmente a fim. Você quer? Sente mesmo vontade? Ou está apenas cedendo para agradar ao parceiro? A gente precisa, antes de tudo, investigar as nossas expectativas e os nossos desejos em relação a essa prática. Após avaliar se quer ou não quer, aí, sim, é hora de pensar em técnicas para ser cada vez mais prazeroso. Afinal, sexo deve ser sinônimo de prazer, não é?
Uma parcela das mulheres relata sentir uma enorme excitação pela prática anal. Isso se deve ao fato de o ânus ser uma região cheia de terminações nervosas e sensível às carícias. Ou seja, é possível sentir, sim, muito prazer com o sexo anal. Para isso, a mulher precisa estar extremamente relaxada. Se ficar tensa, vai acabar contraindo a musculatura e deixando tudo mais difícil.
O ideal é partir para a prática anal depois de muitas preliminares: beijos, abraços, carícias por todo o corpo, sexo oral... Tudo para que a mulher fique bastante excitada. É dessa maneira que o corpo feminino se prepara para o sexo anal.
A prática requer alguns cuidados especiais. O primeiro deles é a nossa velha conhecida: a camisinha! Ela é IMPORTANTÍSSIMA! A prática anal é a modalidade sexual que mais transmite o vírus da Aids e de outras doenças. Ou seja, sem prevenção, não dá.
Um detalhe: o preservativo deve ser trocado se o casal resolver partir para a penetração vaginal após a anal. Isso porque as bactérias que habitam o ânus podem causar uma série de infecções caso sejam transportadas pelo pênis para a vagina.
O próximo cuidado é o uso de lubrificantes. O ânus não é tão elástico quanto a vagina nem produz uma lubrificação natural como ela. Por isso é preciso utilizar algum gel à base de água, vendido em farmácias, para amenizar o atrito do pênis.


Masturbação é assunto raro nos papos femininos. Por culpa dos tabus sociais e da criação familiar, muitas mulheres encaram a prática como algo feio, errado. Está mais que na hora de repensar esses conceitos.
Infelizmente, a mulher que cresce sem conhecer o próprio corpo e assim tem mais dificuldade para atingir o orgasmo. Afinal, como poderá orientar o parceiro se ela própria não faz a menor idéia de como alcançar o prazer máximo? A ginecologista Sônia Rolim Lima, da Faculdadede Ciências Médicas da Santa Casa, de São Paulo, recomenda: 'Olhe-se, toque-se. Pegue um espelhinho e veja como é o seu corpo, como ele funciona, como você reage aos estímulos.' Isso ajuda a se conhecer e a encarar com mais naturalidade a sua sexualidade. Que tal colocar a mão na massa a partir de agora?
Tudo o que você sempre quis saber sobre masturbação...
Mitos x verdades:
A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a masturbação uma das formas mais saudáveis de expressarmos nossa sexualidade.
A masturbação definitivamente...
· Não faz crescer cabelo nas mãos
· Não causa espinha
· Não reduz o seu apetite sexual na hora da transa a dois
· Não machuca
· Não causa doença
· Não causa demência
· Não acaba com a virgindade
· Não dificulta uma futura gravidez

Como tratar o assunto com os filhos:
Muitos pais se assustam, pois acham que, quando a criança se toca, já existe algo sexual no ato. O sexólogo Celso Marzano, de São Paulo, esclarece que não: Ela faz isso por instinto. É algo que traz uma sensação gostosa, mas só a partir dos 13, 14 anos é que ganha conotação sexual. Caso flagre a(o) pequena(o) se masturbando, peça desculpas e deixe-a(o) só. Se ela(e) tentar conversar sobre o ocorrido, esclareça suas dúvidas. Do contrário, deixe para lá. Respeite a privacidade dela.


Mas, se perceber a criança ou o adolescente se tocando na frente de outras pessoas, conversem a sós. Explique que, apesar de natural, é algo para ser feito na intimidade. Persistindo a situação, busque ajuda de um terapeuta, pois a atitude pode esconder problemas emocionais.


Cuidados a tomar:
Não existe freqüência ideal para masturbarse. 'Vale até todo dia, desde que essa não seja a única forma de exercitar a sexualidade', afirma a médica Sônia. Ao se tocar (sozinha ou com o parceiro), solte a imaginação, crie fantasias. Ao se masturbar, alguns preferem usar apenas as mãos. Outros gostam de objetos – cuidado com os grandes ou pontudos, que podem machucar.


Prefira brinquedinhos próprios para isso. Para quem gosta de sexo anal, outro cuidado a ser tomado: se houver penetração vaginal e anal, use o vibrador primeiro na vagina e depois no ânus, sempre. 'Assim, você evita que as secreções anais contaminem a vagina e causem infecções. Depois de usar, lave o acessório com água e sabão. E nunca, jamais empreste ou utilize seu vibrador em outra pessoa. Cada um deve ter o seu.

Há também uma técnica, divulgada em congressos de sexualidade de todo o país. Consiste em começar a prática com carícias no ânus, depois a introdução do dedo e, só mais tarde, o pênis. Dessa forma, a musculatura anal relaxa, facilitando a penetração.
São vários os segredos, não é? Mas o principal continua sendo o primeiro de todos: você precisa estar a fim. Assim, tudo fica muito mais gostoso...aproveitem dos acessórios e dos cosméticos que existem para fazer
do sexo anal uma transa muito prazerosa....


Masturbação feminina...vc precisa e deve experimentar...aproveite o guia...e descubra-se...

1. Prepare o seu corpo

Respire fundo, relaxando os pulmões para a aceleração que eles estão prestes a enfrentar. Aproveite para alongar-se. Isso ajuda a liberar as tensões para uma masturbação mais tranquila e descontraída...

2. Fantasie
O momento é seu: crie, extrapole, ouse! Não coloque barreiras na imaginação. Pense no seu chefe, no ator da novela, no vizinho... Nesta hora não há preconceitos ou limites, só a certeza de que tudo sairá do jeito que você gosta...

3. Livre-se da vergonha
Conhecer o corpo significa ficar mais à vontade consigo mesma. E, consequentemente, se sentir mais confiante na cama. Percorra com as mãos seios, mamilos, barriga e pêlos pubianos. Vá com calma e desvende-se...

4. Chegue ao clitóris
Use os dedos para percorrer toda a vagina: pequenos e grandes lábios, o canal e, claro, o clitóris. Sabia que esse pequeno órgão é a única parte do corpo feminino que existe exclusivamente para dar prazer? Então... aproveite...

Dica:
O toque deve ser repetitivo. Agora, a intensidade e o ritmo dependem de você...

Você sabia que a masturbação...


● Alivia tensões
● Combate o estresse
● Estimula o bom humor
● Trabalha a musculatura da região pélvica
● Melhora o sono
● Alivia dores de cabeça e cólicas menstruais
● Não modifica o corpo
● Ativa a circulação sanguínea
● Não vicia
● Não é sinal de homossexualismo
● Não substitui uma relação sexual com parceiro
● Não altera o ciclo menstrual e os níveis hormonais

O parceiro também pode participar


Sim, seu prazer está garantido, mas nada impede que o gato também faça parte desta farra deliciosa. Durante as preliminares, tome as rédeas da transa e coloque-o na privilegiada posição de observador. Então, comece a se tocar enquanto olha nos olhos do felizardo. Depois, entregue-se sem vergonha ao prazer. Isso se o rapaz não se juntar a você antes!




Sim, seu prazer está garantido, mas nada impede que o gato também faça parte desta farra deliciosa. Durante as preliminares, tome as rédeas da transa e coloque-o na privilegiada posição de observador. Então, comece a se tocar enquanto olha nos olhos do felizardo. Depois, entregue-se sem vergonha ao prazer. Isso se o rapaz não se juntar a você antes...

Cuidado!


Acessórios são muito bem-vindos, desde que não comprometam sua saúde! Não coloque em seu corpo objetos pontiagudos, afiados ou quebráveis. Nunca introduza na vagina o que retirou do ânus e sempre cubra o objeto com um preservativo, já que certas bactérias podem levar até mesmo à esterilidade...
                                     
                                                                      ..
            


Essa matéria faz parte de uma palestra que participei sobre Arte Erotismo e Fantasia, achei muito interessante
e resolvi postar para saber o que vcs acham dessa matéria....

Todos nós temos sonhos, desejos e fantasias. Transformá-los em realidade é o que faz a diferença entre os mortais.Toda fantasia tem um poder mágico de sedução, de domínio sobre a alma, que varia de intensidade conforme a pessoa, e na mesma pessoa a depender da formação, das preferências, do fator psicológico e da libido de cada um. Quanto maior o desejo, menor a possibilidade de resistir à tentação.
Uma fantasia sexual por mais estranha que pareça, tem sua razão de ser. É nesta busca constante da satisfação plena que o ser humano encontra no exercício da sexualidade, sua verdadeira identidade sexual. Não é à toa que certas preferências são interpretadas por alguns como perversão ou desvio sexual de quem as pratica, enquanto para outros representam a plenitude, o verdadeiro ápice do prazer.
Entre quatro paredes, quando duas ou mais pessoas se encontram para viver uma experiência sexual, pouco importa o mundo lá fora, a hipocrisia, antigos tabus e os preconceitos. O importante é ter consciência do que está se propondo, extravasar a libido e se deixar envolver completamente pelo êxtase do momento. Nesta hora pouco importa o pudor, a moral e os bons costumes. O que vale é a troca de emoções, o desejo compartilhado, o prazer da entrega, e a possibilidade de uma relação sexual plena.
Segundo Leavit, em seus estudos sobre motivação humana, todo comportamento é causado, motivado, e orientado para algum objetivo. Subjacente a todo comportamento humano existe um impulso, um desejo, uma necessidade, uma tendência, expressões que servem para designar os motivos do comportamento. Se as suposições de Leavit forem de fato corretas, o comportamento não é espontâneo nem isento de finalidade: sempre haverá alguma meta implícita ou explícita. Nas relações afetivas a grande motivação é o prazer que as fantasias despertam no imaginário das pessoas. É natural com o passar do tempo e o desgaste da convivência diária sob o mesmo teto, vir à tona nossos desejos mais íntimos. As fantasias a princípio não passam de estímulos armazenados no subconsciente, que estão latentes no indivíduo, mas que lhe influenciam a conduta e podem facilmente aflorar à consciência.
Há décadas, o universo feminino com certeza já alimentava em sã consciência, desejos de uma vida sexual ativa mais gratificante. Convivendo com a repressão desde os primeiros dias de vida - fruto de uma sociedade machista e conservadora -, a mulher sempre foi mantida sob severa vigilância. Os modelos de conduta foram inspirados, principalmente, em preceitos religiosos, como se o pecado da mulher fosse diferente do pecado do homem. Mas o fato é que ela foi aos poucos soltando as amarras da submissão pura e cega, e de uns tempos para cá , caminha a passos largos em busca de sua autonomia.
Os obstáculos e preconceitos são muitos, e isto não é de agora. Houve tempo em que a mulher que dirigisse automóvel não era bem vista pela sociedade. Poderia estar fazendo uso do veículo para fins escusos, encontros clandestinos, ou coisa parecida. Da mesma forma - em um passado não muito distante - com relação ao direito de estudar, aprender a ler e a escrever. Era comum os pais não permitirem que as filhas freqüentassem escolas, e quando o faziam, deixavam apenas o tempo suficiente para aprender a escrever o próprio nome. Neste período ao qual me refiro, a mulher instruída, letrada, representava um perigo, pois poderia corresponder-se com outros homens, marcar encontros, estabelecer contatos com amantes, e assim por diante. A verdade é que a mulher sempre foi discriminada, e para cada época houve uma justificativa diferente, mesmo que absurda. Quem, conhecendo a mulher dos dias atuais - dona de suas vontades, independente e liberada, atuando com competência nas mais diversas áreas profissionais -, diz que um dia passou por tudo isso? É realmente difícil de acreditar.
Não se pode negar que a mulher provocou uma transformação social, e que estão conquistando cada vez mais seu espaço. Mas, ainda continua vítima de preconceitos seculares quando o assunto é sexo. Quando partimos para o campo das fantasias sexuais, por exemplo, vamos perceber que o homem, por ter recebido uma educação menos proibitiva, é quem primeiro irá se manifestar e procurar com o aval e participação da companheira, realizar alguns dos seus caprichos.
As fantasias cumprem um papel importante na sexualidade humana. Além de intensificar o prazer sexual, compensam as insuficiências da relação, do desejo não satisfeito. Na realidade, são elas que baseadas em estímulos visuais ou imaginados despertam o interesse, a vontade de realizar o que se deseja sexualmente. Podemos citar algumas práticas que mexem com a imaginação de muita gente: sexo oral, sexo anal, servidão, sadomasoquismo, exibicionismo, voyeurismo, troca de casais, sexo em público, ménage à trois etc. Sem esquecer dos fetiches, dos acessórios eróticos e dos palavrões pronuciados durante o ato, que podem apimentar ainda mais a relação.
Se pararmos para pensar e avaliar sem falso moralismo, chegaremos a conclusão que todos nós temos um pouco de tudo ou de quase tudo. Quem é que não gosta de se exibir, por exemplo? Senão em público, pelo menos na cama, na intimidade entre quatro paredes. Todo mundo tem um lado exibicionista. Quer provar que é bom amante, que é capaz de levar o outro ao delírio, ao ápice sexual. Porcura chamar a atenção, porque no íntimo quer ser reconhecido, valorizado. Precisa ouvir do parceiro que é bom ou boa de cama, ardente ou coisa que valha. Por isso é muito comum o homem, principalmente, logo depois da transa, perguntar: "E então, querida, foi bom?" No íntimo busca desesperadamente um sinal de aprovação. Se receber aplausos por sua performance na cama, ótimo. Missão cumprida. Porém, se a parceira não lhe fizer um elogio é capaz de ficar o resto da noite sem dormir. O homem é frágil por natureza, por isso tenta a todo instante provar sua masculinidade. Mas se não tiver um feed-back da mulher aprovando a sua atuação, geralmente fica preocupado pensando que ela não gostou, e principalmente, com a impressão negativa que ela pode ter a seu respeito. Quem tem certeza de sua competência não precisa perguntar nada. Mas há todo um aspecto psicológico que faz com que a maioria dos homens se comporte assim.
Mas é oportuno destacar que o exibicionismo não é uma prática exclusivamente masculina. A mulher mais do que ninguém tem se utilizado deste recurso, de forma consciente ou não. Além da vaidade, que lhe é peculiar, tem investido alto na sua principal arma: a sensualidade. Quando veste uma minissaia, um tomara-que-caia, uma lingerie sensual realçando cada detalhe do seu corpo ou um vestido transparente capaz de enlouquecer o mais sensato dos homens, é porque quer chamar a atenção, despertar o interesse, ser cortejada. A mulher gosta de se sentir 'gostosa', ser desejada, e então exibe o que há de melhor em si. E assim, com roupas e atitudes cada vez mais ousadas, vai despertando olhares e testando o seu poder de sedução.

As fantasias das pessoas têm uma história familiar, afetiva e cultural. Os homens por terem recebido uma educação com menos proibições, e possuírem um ímpeto sexual maior do que as mulheres - provocado por fatores biológicos e culturais cientificamente provados -, são os que mais apreciam e se identificam com o voyeurismo. Aliás, o difícil é saber o que os homens não gostam quando o assunto é sexo. Se ser voyeur é sentir prazer em ver fotografias de mulheres nuas, assistir a vídeos pornôs, espionar a vizinha tomando banho, espreitar a janela alheia e se deliciar com a cena de um casal trocando beijos, caricias, se excitando ou mantendo relação sexual, só podemos chegar a uma conclusão: de voyeur todos nós temos um pouco.
Antigamente o voyeur precisava da clandestinidade, expiar às escondidas, e a possibilidade de vir a ser pego em flagrante mais o excitava. Hoje, porém, embarcar numa fantasia sexual, assistir ao strip-tease da própria mulher ou um filme erótico sozinho ou acompanhado, é um comportamento já considerado normal. Chega, inclusive, a ser recomendado por terapeutas de casais para quebrar a rotina. É oportuno destacar que existe casal voyeur por excelência: quando parte para a realização de suas fantasias sexuais, o casal escolhe uma companhia masculina ou feminina, e vão os três para a mesma cama.
A mulher se delicia ao ver o marido acariciando, beijando e excitando a outra moça. Por outro lado, o marido voyeur chega ao clímax da excitação ao ver sua esposa sendo bolinada e possuída sexualmente por outro homem, e a sensação de estar sendo observada pelo esposo, leva a parceira ao delírio.
Uma das fantasias mais comuns, independente do gênero sexual, é a vontade de poder se relacionar na cama com mais alguém, além do seu companheiro. Trata-se da prática do ménage à trois, ou seja, uma relação sexual a três. Podem ser dois homens e uma mulher ou duas mulheres e um homem. Embora em menor proporção, pode ser ainda, três homens ou três mulheres dentro de um relacionamento homossexual estável.
Sobre o tema o Dr Antônio Celso Ayub*, diz: "a fantasia sexual de muitas mulheres é a de serem possuídas por dois homens ao mesmo tempo. Mas, para transformar este sonho em realidade é preciso muito diálogo com o parceiro e que haja um clima de amizade e respeito para com o outro e para a prática em si. Neste caso, o homem deve saber que o prazer sexual não está no orgasmo, mas em proporcionar a satisfação a sua parceira, dando-lhe o que mais almeja, ser bolinada e desejada por dois homens simultaneamente, ou por um homem e uma mulher.
É grande o número de casais que procura o ménage feminino, devido ao homem que incentiva e desperta a bissexualidade na parceira, a qual passa a ser aceita na sua essência sem medos e preconceitos. Já o ménage masculino - a pratica do sexo entre dois homens e uma mulher -, é muito prazerosa principalmente para a mulher, quando ela passa a ser não um objeto sexual, mas um ser humano repleto de fantasias e desejos sensuais ardentes".
Conforme podemos constatar nas palavras do Dr. Celso, "o ménage feminino é mais procurado porque o homem incentiva e desperta a bissexualidade na parceira". Por que ele faz isso? Porque no fundo não quer, não deseja, nem pretender ver sua esposa sendo excitada e sexualmente atraída por outro homem. Sua formação machista não lhe permite. Poucos estão preparados para viver esta experiência. A prática se torna mais usual quando um dos parceiros é voyeur por excelência. O que se pode deduzir é que, diante da dificuldade de convencê-lo ou medo de se manifestar mais abertamente, a mulher esconde sua verdadeira intenção e acaba cedendo a proposta do parceiro e vive sua fantasia pela metade. Outras aproveitam a oportunidade para viver uma experiência nova e se preparar para encontros futuros, que poderão acontecer com a participação e consentimento do companheiro ou não.
Muitos homens no intuito de não serem infiéis a suas parceiras, incentivam as mesmas a praticarem esta forma de sexo. Só que na realidade querem se sentir garanhões, transando com duas mulheres ao mesmo tempo. Se a parceira suspeitar que sua atitude é de apenas testar a sua potência sexual, poderá se sentir usada e sair frustrada da relação. Portanto, todo cuidado é pouco. É durante o ato sexual que todos os sentimentos estão a flor da pele. É nesta hora que surge também o ciúme, tanto por parte do homem como da mulher. É uma reação natural que acontece, tanto no ménage feminino quanto no masculino. Por mais que o casal queira viver esta experiência, é preciso estar consciente e preparado para possíveis reações de ciúme, e quando este momento chegar, tentar de todas as maneiras manter o controle da situação.
É fundamental respeitar e acatar os sentimentos do outro, mas convencê-lo de que a possibilidade disso acontecer já era sabido, e que só resta agora viver cada momento da relação tendo em comum um único objetivo: atingir a plenitude de sua satisfação sexual.
Com a quebra de antigos tabus muitos casais estão dando uma nova dimensão aos seus relacionamentos, e investindo alto no seu arsenal bélico-sexual. Mas o cardápio das fantasias ou variações sexuais não pára por aí, e oferece aos homo e bissexuais o prato do dia: a servidão. Antes de tudo é preciso separar o que é servidão do que é sadomasoquismo, que freqüentemente inclui a primeira. Servidão nada mais é do que dominar o parceiro ou parceira pela imobilização (com cordas, algemas, meias, lençóis) e então fazer amor com ela ou ele. O sadomasoquismo vai mais além: envolve dor e humilhação. De acordo com o Relatório Internacional da revista Playboy - pesquisa realizada no início da década de 80 envolvendo vários países, inclusive o Brasil - a identidade sexual aqui é decisiva: os homossexuais mostraram maior inclinação à servidão. Pelo estudo feito, as mulheres bissexuais, entre todos esses, são as mais inclinadas a experimentar tudo em sexo.
Uma outra opção de prazer, embora não muito comum, é o contato anal-oral. Alex Confort, em "As Alegrias do Sexo", define como "estimulação pela língua, do ânus e do períneo". Os homens que mais apreciam este tipo de experiência estão na faixa de 30 e 39 anos, e as mulheres com menos de 21 anos parecem mais dispostas. Com o avanço da idade das pessoas pesquisadas, o interesse por esta prática diminui, revela a pesquisa.
Conceitos sociais e religiosos à parte, a sexualidade humana é uma questão que merece respeito, exige responsabilidade e expressa com fidelidade o amor-próprio. O segredo é não exigir do outro o que o ele não pode dar e dar de si apenas o seu melhor, sem medir nem comparar.


                                                            

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