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domingo, 30 de janeiro de 2011

CISTO NO OVARIO

Ainda bem que existem os ovários. Os ovários são órgãos extremamente femininos. Produzem e dão oportunidades aos hormônios especificamente femininos atuarem. Dessa forma, existe o corpo, jeito, voz, sentimentos, atitudes e cheiros femininos. Enfim, os ovários dão as características peculiares femininas. Porém, se há ovário, há cisto de ovário. E eu explico.
A mulher, durante todo o período fértil, aproximadamente no meio do ciclo menstrual, se não estiver usando algum método anticoncepcional hormonal, irá ovular.
O óvulo que provém de um folículo se manifesta nos ovários em um cisto de mais ou menos 1,5 a 2,0 centímetros. Esse cisto, que é absolutamente normal, desaparece durante o decorrer do ciclo menstrual.
Porém, se houver gravidez, este mesmo cisto passa a se chamar cisto de corpo lúteo, que permanece no ovário até 14 semanas de gestação. Após esse período, o cisto desaparece. A função do cisto de corpo lúteo é produzir hormônios essenciais para o início da gravidez.
Os ovários também produzem cistos que não são normais. São os cistos patológicos. Dependendo do tipo de cisto pode-se ter sintomas diversos, com tratamentos diferentes. Os sintomas mais comuns dos cistos de ovários são dores de intensidade variada no baixo ventre, irregularidade menstrual, dor intensa durante a menstruação e dor durante a relação sexual.
O diagnóstico se faz facilmente com exame físico ginecológico, que inclui o exame de toque vaginal e através do exame de ultra-sonografia pélvico e/ou transvaginal. O exame de ultra-sonografia é muito importante, pois irá classificar o cisto em seus diversos tipos.
Assim, podemos classificá-los em cistos simples e cistos complexos. Os simples são em sua maioria benignos. Já os complexos devem ser muito bem avaliados, pois  podem ser malignos, ou seja, um câncer. Muitas vezes o diagnóstico do tipo de cisto é ampliado com o uso da tomografia computadorizada e da ressonância nuclear magnética.
O tratamento do cisto também depende de sua classificação. Para a maioria dos cistos simples, o tratamento é clínico, com antiinflamatórios, analgésicos e hormônios (anticoncepcional). Quando o cisto simples é grande (maior que 8 centímetros) faz-se opção por cirurgia. Já os cistos complexos, na sua maioria, o tratamento é cirúrgico.
Atualmente a cirurgia do cisto de ovário pode ser feita pela técnica da videolaparoscopia. Através de três pequenos cortes no abdome, com auxílio de uma câmera, observa-se os ovários, confirma-se o diagnóstico do cisto e muitas vezes só se opera o cisto, preservando os ovários.
É claro que dependendo do cisto tem que se operar o ovário, precisando retirá-lo, muitas vezes. Se for câncer, temos que retirar também os dois ovários, o útero e gânglios. As vantagens da cirurgia videolaparoscópica são a lesão cirúrgica menor e a recuperação pós-operatória muito mais rápida.
Dessa maneira, o diagnóstico precoce do cisto de ovário é fundamental para estabelecer o tratamento. Por isso, a importância de anualmente fazer uma consulta ao ginecologista. Não esqueça, procure seu ginecologista todos os anos para a importantíssima prevenção.

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