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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O Que é Disfunção Erétil?

A disfunção erétil, antes era conhecida por Impotência Sexual, é a incapacidade de se obter ou manter uma ereção adequada para a prática da relação sexual. Não deve ser confundida com a falta ou diminuição no "apetite sexual ", nem como dificuldade em ejacular ou em atingir o orgasmo.
Milhões de homens passam por esse problema. As estatísticas mostram uma incidência de 5% nos homens aos 40 anos e até 25% aos 65 anos. Quase todos aqueles que são sexualmente ativos já experimentaram um episódio de impotência pelo menos uma vêz na vida.
A Impotência Sexual não pode ser encontrada nas classificações internacionais de doenças com este nome genérico. Na realidade o DSM.IV aborda o problema subdividindo o tema em vários tópicos. Fala-se, por exemplo, em Transtornos do desejo Sexual, Transtorno da Excitação Sexual, Transtornos do Orgasmo e Transtornos de Dor Sexual.

A Disfunção Erétil é de causa emocional ou física?
A ereção do pênis é um processo fisiológico onde vários segmentos do organismo entram em ação. Quando a ereção falha, várias são as causas possíveis; sendo que podem agir isoladamente ou em conjunto umas com as outras.
No momento em que o homem tem alguma patologia que leva a impotência, como por exemplo a Diabetes, quase sempre à esta patologia se associa um importante fator emocional, o qual contribuirá fortemente para prejudicar ainda mais a ereção. 

O medo que os homens experimentam ao passar por um ou sucessivos fracassos sexuais provoca  uma enorme sensação de inferioridade com grande impacto psicológico. Essa preocupação com o desempenho sexual pode acompanhar a pessoa 24 horas por dia. Com isso, advém problemas de relacionamento familiar, matrimonial, profissional, financeiro, social, etc.
Muitas vezes a disfunção erétil pode estar relacionada com a depressão, com a perda da auto-estima, com a ansiedade, com às tensões provocadas por determinada parceira ou certas situações, como por exemplo, o medo de contrair AIDS.
A preocupação excessiva que o indivíduo pode ter com a sua performance sexual também é causa comum de Disfunção Erétil, principalmente se o homem já for para a relação, achando que vai falhar ou que não vai conseguir satisfazer sua parceira.
Quando somente um único episódio de falha ocorre, o melhor a fazer é esquecer; porém, se estas falhas se tornarem freqüentes, este pode ser o primeiro sinal de alguma doença física.Portanto, a Disfunção Erétil pode ter uma causa orgânica e/ou emocional.

Quais as causas orgânicas da Disfunção Erétil
São aquelas relacionadas com a saúde dos órgãos dos homens. Podem ser:
Alterações Hormonais devidas à diminuição dos níveis de testosterona do sangue, podem inibir a ação do estímulo sexual no cérebro, diminuir o interesse pelo sexo. Já está amplamente divulgado por vários trabalhos médicos, que a testosterna não atua nos mecanismos de obtenção ou manutenção na ereção, mas no desejo sexual.
Alterações Neurológicas podem interferir em várias áreas da potência sexual; no cérebro, nos nervos que conduzem o estímulo sexual pela medula e nos nervos pélvicos e penianos. Essas alterações neurológicas podem ser provocadas por diabetes, alcoolismo, esclerose múltipla, lesões na coluna vertebral ou complicações de acidente vascular cerebral (AVC), isto é, derrames.
Alterações Arteriais. Essas são as causas orgânicas mais freqüentes. O estreitamento das artérias faz diminuir o fluxo do sangue ao pênis. Se o sangue não chega ou não entra no pênis com a devida pressão fica impossível ocorrer a ereção. A arteriosclerose, por exemplo, obstrui as artérias e, no pênis, não ocorrendo o relaxamento destas artérias o sangue não consegue ter a pressão necessária para enche-lo. Esta situação é comum também na hipertensão arterial, no aumento do colesterol, no estresse, nos fumantes e nos diabéticos.
Alterações no próprio Pênis. Alterações nos Corpos Cavernosos do pênis, como a fibrose e a fístula para o corpo esponjoso, por exemplo, impedem que ocorra o mecanismo de pressão do sangue necessário para encher o pênis.
Na fibrose o pênis não consegue se distender e na fístula o sangue que chega ao pênis, logo sai do pênis. As fibras musculares dos corpos cavernosos, na fase de repouso peniano ficam contraídas, e só se relaxam no momento da ereção.
A ansiedade normalmente faz aumentar os níveis de adrenalina no sangue e essa adrenalina contrai a musculatura lisa do pênis e também as artérias penianas, impedindo assim, que ocorra a ereção.
A idade produz um enrijecimento dos tecidos do corpo e também da musculatura lisa do pênis, dificultando e muitas vezes impedindo a ereção.
Alterações nos testículos. Alterações na Túnica Albugínea dos testículos impedem o mecanismo de compressão e fechamento das veias penianas durante a ereção (para a ereção, as artérias têm que abrir e as veis têm que fechar).
Na ereção normal, os corpos cavernosos comprimem estas veias de retorno do sangue contra a albugínea, retendo o sangue no seu interior enquanto houver estímulo sexual adequado. Se a albugínea não for rígida o bastante, as veias permanecem abertas, deixando escapar o sangue. É a chamada "fuga venosa" ou disfunção veno-oclusiva.
As Alterações dos Neuro-Transmissores podem impedir que ocorra a ereção, pois o estímulo neurológico dos nervos do pênis não chega às células dos corpos cavernosos. Os neurotransmissores mais importantes são o óxido nítrico, o GMPc e o PDE-5. 
Diabetes
. Essa também é uma das causas mais comuns de Disfunção Erétil. Homens diabéticos têm maior chance de desenvolver este problema devido às lesões vasculares e lesões nervosas que provoca. A neuropatia diabética do pênis leva à uma diminuição na velocidade de condução dos impulsos elétricos pelo pênis. Estes pacientes costumam desenvolver a disfunção erétil entre 10 e 15 anos antes dos outros homens sendo que muitas vezes a impotência é a primeira manifestação do diabetes. Existem estudos mostrando que 50 a 60% dos homens diabéticos com mais de 50 anos sofrem de disfunção erétil.
Hipertensão Arterial acelera a deposição de gordura nas paredes das artérias, endurecendo-as (arteriosclerose). As artérias penianas são muito finas e qualquer estreitamento pode ser suficiente para prejudicar o fluxo sangüíneo e a ereção. Basta uma pequena demora no enchimento do pênis de alguns homens para que logo apareça a ansiedade, dificultando mais ainda o mecanismo da ereção.
Por outro lado, tem sido comum comum o tratamento da hipertensão arterial ter como efeito colateral exatamente a Disfunção Eerétil, seja pela ação dos medicamentos hipertensivos utitilizados, seja pela diminuição da pressão sanguínea do pênis.
As Drogas e os Medicamentos são causas comuns de disfunção erétil em qualquer idade. Estima-se que 25% das disfunções sejam secundárias a medicamentos. As mais freqüentes drogas são o tabaco do fumo, o álcool e a maconha. Dentre os medicamentos, os mais consumidos são anti-androgênicos (usados nos tratamentos de tumores malignos da próstata); finasterida (hiperplastia da próstata e para crescer cabelo); diuréticos, metil-dopa, beta-bloqueadores, bloqueadores dos canais de cálcio (hipertensão arterial); tranqüilizantes, sedativos,descongestionantes nasais; cimetidina (úlcera péptica); digoxina (insuficiência cardíaca). Existem várias outras substâncias e medicamentos igualmente nocivos à ereção.

E quais as causas Não Orgânicas?
O Estresse
pode ser causa de disfunção erétil em homens de qualquer idade, agindo sozinho ou acompanhando alguma patologia.
O Temor, o Medo e a Ansiedade, são as grandes causas, a nível psicológico das dificuldades da ereção. São comuns homens que temem serem rejeitados, se não apresentarem uma ereção rápida tão logo sejam solicitados. Homens com mais de 45 anos querem ter a mesma qualidade e rapidez de reação erétil que tinham aos 20-25 anos. Desconhecem que à medida que aumenta a idade, tornam-se diferentes as condições dos sistemas nervoso e do aparelho circulatório. Além disto, aumentam as exigências na qualidade dos estímulos.
Paradoxalmente, é o medo de falhar que faz com que, realmente, o homem falhe. Quanto maior for o medo, mais facilmente o homem entrará neste crucial e fatal círculo vicioso.
Outros fatores externos estressires da vida moderna, tais como dívidas e falta de dinheiro, emprego, também podem afetar a ereção.
As dificuldades eréteis de fundo psicológico freqüentemente estão associadas com ansiedade sexual, medo do fracasso, preocupações acerca do desempenho sexual e uma redução do sentimento subjetivo de excitação e prazer sexual.

Pessoas mais velhas são Impotentes?
Um dos muitos mitos de nossa sociedade é em relação à impotência sexual "automática" no envelhecimento.
De fato, ocorrem mudanças fisiológicas no envelhecimento, às quais a pessoa deverá adaptar-se bem e tranqüilamente, preservando assim o direito e a capacidade de praticar sexo e ter intimidade mesmo na idade mais avançada.
As proncipais mudanças na sexualidade com o envelhecimento são:
1. O tempo de ereção 
Muitos idosos procuram tratamento visando a mesma velociade de ereção que tinham aos 20-30 anos. Normalmente são pessoas desinformadas das mudanças fisiológicas e naturais que acontecem com a idade.
De qualquer forma, é importante deixar claro que a mudança que se dá com a idade é em relação à velocidade de ereção, e não na qualidade da ereção. O que acaba interferindo também na qualidade da ereção é a ansiedade que surge pela desinformação sobre a mudança no tempo de ereção. 

2. Sensibilidade do pênis
Alguns homens idosos afirmam perceber uma leve perda da sensibilidade tátil quando o pênis fica ereto. Realmente isso acontece, em função da mudança no processo da condução pelos terminais nervosos do pênis, o que é próprio da idade.
3. Alteração na quantidade de esperma
Com o envelhecimento, costuma diminuir a quantidade do sêmem formado nas glândulas genitais do homem. Como o volume dessas secreções diminui, menos fluidos vão ser ejaculados através da uretra. Como conseqüência, a ejaculação vai diminuir e tornar-se naturalmente menos vigorosa.
4. Menor necessidade de ejacular
Com o avanço da idade, o organismo se encarrega de reduzir a necessidade da ejaculação. Assim é que um homem que ejaculava 2 vezes por semana aos 60 anos, por exemplo, poderá ejacular só uma vez por mês aos 75, embora possa continuar tendo a mesma atividade sexual, com a mesma freqüência, de antes.
6. Aumento do tempo entre uma ereção e outra
Chama-se Período Rrefratário o intervalo de tempo para uma nova ejaculação com ereção. A pessoa com 50 anos pode apresentar uma nova rigidez do pênis depois só de algumas horas após ejacular, ao passo que o período refratário das pessoas com 70 ou 80 anos de idade tende a ser normalmente espaçado para dias e não horas.

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