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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

INFECÇÕES VAGINAIS

FATORES DE RISCO:
A atividade sexual com múltiplos parceiros, sem o uso de preservativo, é outro fator de risco de infecção vaginal, espeficamente de vaginose, a infecção que produz odor desagradável, que lembra o cheiro de peixe. O corrimento de odor fétido aparece em geral quando a mulher mantém relação sexual, lembra Linhares. Sabe-se
que o PH demasiado alcalino do sêmen, equivalente a 8, eleva o PH vaginal
por várias horas depois de uma relação sexual, dando chance à outras bactérias que compõem a flora da vagina de proliferar. Quando o sêmen é familiar, a flora vaginal acaba se adaptando `a tal alteração momentânea de PH. Mas uma mulher que não tem um parceiro fixo e não usa preservativo fica exposta a
sêmen de tipos variados e corre mais risco de ter a vagina permanentemente alcalina.
Pesquisadores investigam ainda as causas de infecções vaginais por problemas imunológicos como a deficiência auto-imune, que sujeita a mulher a tornar-se hospedeira de agentes infecciosos, acrescenta Iara Linhares. ''Estamos tentando saber, em última instância, como a genética interfere no sistema de defesa imunológico das mulheres''.



FORMAS DE PREVENÇÃO:
São seis os tipos de infecções vaginais que produzem corrimento. A vaginose, a candidíase e a tricomoníase, cujo produto infeccioso é o corrimento visível, que a mulher percebe, e a clamídia, o mioplasma e a neisseria, ou gonorréia, que produz corrimento junto ao cérvix, a entrada do útero. A redução do
nível de lactobacilos na vagina e a conseqüente alteração do PH vaginal está na origem de
todas elas. Entre os fatores que desequilibram o PH, além dos já mencionados, também são considerados o tratamento com antibióticos, que pode diminuir a quantidade de lactobacilos na flora ao mesmo tempo que mata as bactérias invasoras. Situações de estresse e de baixa da resistência do organismo, dependendo do impacto, causam o mesmo
efeito e podem produzir infecções. ''Algumas mulheres nascem
com uma infeliz predisposição a ter desequilíbrios da flora vaginal, assim como certas mulheres são mais predispostas `a acne'', lembra a norte-americana Natalie Angier, autora do livro Mulher, Uma Geografia Íntima (Editora Rocco).

A visita regular ao ginecologista, uma vez por ano no mínimo, é a melhor forma de prevenção do corrimento, sem sombra de dúvida. O médico tem condições de observar alterações no PH e, meios de diagnosticar o agente infeccioso, muitas vezes no próprio consultório, esclarece a ginecologista Iara Linhares.
Não faltam ferramentas para isso, como o teste que mede o PH, uma fitinha impregnada com
reagentes químicos, ou o teste de Whiff para vaginose, que mistura uma gota de amostra do corrimento em uma solução de hidróxido de potássio, um meio alcalino e detecta o cheio característico da infecção.


ANTES DE ENGRAVIDAR:
Toda mulher que planeja engravidar deve fazer exames para rastreamento de infecções vaginais e tratá-las antes de qualquer coisa. Elas representam risco de aborto, de parto prematuro ou mesmo de desenvolvimento de uma infecção séria após o parto e, em estágio avançado, podem levar a esterilidade. A infecção vaginal
também tem grande potencial de acarretar problemas de formação no feto.

A ginecologista Iara Linhares adverte para as conseqüências graves da vaginose, uma das infecções mais comuns e sua especialidade. A vaginose bacteriana se caracteriza pela proliferação na flora vaginal de bactérias anaeróbicas - que se desenvolvem na ausência do oxigênio. São verdadeiros micróbios que produzem
compostos químicos pútridos como a trimetilamina - responsável pelo odor de peixe
estragado. Em estado avançado, a infecção chega a destruir completamente a população de lactobacilos da vagina. E sem tratamento pode se transformar em outras doenças como endometrite (infecção do endométrio), doença inflamatória pélvica, salpingite (infecção das trompas), além de aumentar a
predisposição para o desenvolvimento de câncer genital e dar origem à dor pélvica crônica, outras das
principais queixas das mulheres que freqüentam os consultórios dos ginecologistas


AS SECREÇÕES VAGINAIS:
A vagina saudável é o lugar mais limpo do corpo, muito mais limpo do que a boca e infinitamente mais limpo do que o reto e o ânus, ao contrário do que a tradição popular imagina sobre o órgão, equivocadamente. É tão limpa e pura quanto um copinho de iogurte. Tanto que seu odor típico, levemente adocicado, lembra o cheiro
de ácido láctico de que é feito esse produto.

A secreção vaginal normal é composta de substâncias semelhantes `as do soro sanguíneo. Feita de água, albumina (uma proteína abundante no corpo) e de células brancas de origem sanguínea além de mucina, ela é translúcida e não é suja, não é subproduto de excreção
tóxica, como a urina e ou as fezes. As cores dos corrimentos que fogem desse padrão e indicam a presença de infecção variam entre o
amarelado, esverdeado, marrom, roxo e até o preto tipo borra de café.

O termômetro da saúde vaginal é o índice de PH, ou potencial hidrigeniontico (ver PH Vaginal). O PH mede o grau de acidez ou alcalinidade de uma substância.A água, por exemplo, uma substância reconhecidamente neutra, tem índice 7 de PH. O PH da vagina saudável é mais ácido do que, por exemplo, o PH do café preto,
que é 5. Ele varia de 3,8 a 4,5. Trata-se de um nível de acidez semelhante ao de um
bom vinho tinto, observa a escritora Natalie Angier, ao comentar, entusiasmada: ''Esta é a vagina que canta, é a vagina com buquê, com pernas.''



Entao gente vamos nos previnir sempre dessas infecçoes ok???

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