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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Algumas doenças sexualmente transmissíveis



São inúmeras as doenças do foro sexual, e podem ser causadas por: Fungos, protozoários, vírus, bactérias simples e espiraladas, parasitas, etc. Atacam através da pele, da vagina, do ânus, da boca ou do pénis, sobretudo por contacto sexual:

Cancro duro: Um estágio no desenvolvimento da Sífilis. Ver Sífilis
Cancro mole, vulgarmente conhecido por «cavalo» ou «mula», devido ao bacilo de Ducrey. Caracteriza-se por uma ulceração profunda, preenchida por uma crosta amarelada, situada habitualmente no prepúcio, no homem, e nos grandes lábios da vulva, na mulher. Pode causar ingurgitamento dos gânglios linfáticos (ínguas)  na região da virilha, com alguma dor, e feridas de contorno irregular, que largam pus e, por vezes, sangue
Cancro uterino: Está considerado um candidato a uma DST.
 
Candidíase, causado por leveduras pertencente ao género Candida, ("fungos Candida albicans"), e pode ser adquirida não só através de relações  sexuais. Provoca coceira na zona genital, geralmente acompanha de vermelhidão, ou erupção de pequenas pústulas esbranquiçadas, inchaço, possíveis pequenas bolhas e,  na mulher pode causar corrimento com aspecto de coalhada. Há factores que predispõem a esta infecção: gravidez, diabetes, uso de contraceptivos orais, uso de antibióticos. Em indivíduos enfraquecidos ou imunodeprimidos,  pode propagar-se aos órgãos profundos (candidíase broncopulmonar ou urinária) e tornar-se septicémica, provocando complicações neurológicas e cardíacas.

Cistite: inflamação da bexiga, que pode, ou não,  ter sido causada por uma DST.

Clamídia ou Chlamydia, doença causada pela Chlamydia trachomatis  (um microorganismo de forma esférica, Gram-negativo, simultaneamente próximo das bactérias e dos vírus) causando cistites, uretrites não gonocócicas ou cervites na mulher, e prostatites e uretrites nos homens. Causa ardor ao urinar e algum corrimento no pénis ou vagina. Na mulher a clamídia pode manifesta-se de repente e pode, por vezes, ser confundida com apendicite. Pode causar infertilidade e doenças inflamatórias do útero e trompas e, no homem, infecção dos testículos.
Condiloma: Tumor rosado semelhante a uma verruga,  de tamanho muito variado e muito contagioso, devido à acção de um vírus.
Condiloma acuminado (cristas de galo ou vegetação venérea): Tumores muito contagiosos,  pontiagudos, muitas vezes agrupados com o aspecto de couve-flor.
Condiloma plano: manifestação no período secundário  da sífilis.
DIP: Doença Inflamatória Pélvica, é uma das 10 doenças mais comuns nas mulheres, tratando-se de uma infecção do tracto reprodutivo superior, afectando sobretudo as trompas de Falópio, com possível formação de abcessos dolorosos que, se não forem tratados, podem conduzir à esterilidade e a outras infecções no abdómen. A DIP é geralmente causada por outra DST, como a clamídia, por exemplo.
Gardenose vaginal, causa um corrimento acinzentado com cheiro forte.
Gonorreia, Blenorragia ( pop. Esquentamento ) : Genericamente referido como qualquer corrimento crónico mucopurulento. É uma uretrite gonocócica causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, uma inflamação purulenta, uma doença extremamente contagiosa que se manifesta entre 2 e 10 dias após o contágio, muito fácil de ser transmitida inclusivamente por sexo anal ou oral. A probabilidade de contrair essa doença de um companheiro contaminado é de 90%. Provoca dor ou sensação de queimadura ao urinar, coceira na zona genital, secreção com pus no pénis. Na mulher os sintomas por vezes tardam a manifestarem-se, e são mais difíceis de detectar exteriormente já que o pus pode estar localizado no colo do útero e assim não ser muito visível. Pode causar  um aborto espontâneo, gravidez ectópica, infertilidade, artrite aguda, infecção generalizada, miocardite, meningite. Na altura de um parto, de mãe contagiada, o recém-nascido pode ser infectado.
Hepatite B, de origem viral, ataca não só através do contacto sexual mas por contágio via sangue. Ataca as células do fígado causando cirrose e cancro hepático, e até morte. Os sintomas possíveis são muito variados como o amarelecer da pele e "do branco" dos olhos, cansaço, náusea, vómitos, febre, urina escura, fezes mais claras, e dores pelo corpo. Pode tornar-se crónico, existindo pessoas que não desenvolvem a doença mas podem contaminar seus parceiros sexuais. Existe uma vacina contra esta doença.
Herpes genital, produzida pelo vírus Herpes simplex. É transmitida não só por contactos sexuais mas também por contacto com roupas íntimas contaminadas, toalhas, etc. Causa prurido, erupção de pequenas bolhas transparentes ou vesículas,  muitas vezes agrupadas num fundo avermelhado, coceira ou dor nas partes genitais e, às vezes, sintomas que se confundem com gripe. (No chamado herpes bocal,  bolhas, feridas, aftas, aparecem dentro e fora da boca e até no nariz). As bolhas normalmente dentro de uns dias transformam-se em feridas que cicatrizam espontaneamente. O herpes genital da mulher pode causar, aborto espontâneo, parto prematuro, infecções nos órgãos genitais que, num recém-nascido, poderá originar uma infecção grave: a meningite herpética.
Herpes labial: Pode ser transmitida pelo beijo ou por se beber por um copo usado por uma pessoa infectada, produzindo uma ferida inestética e dolorosa no lábio, e pode ser transmitida a outra parte do corpo como narinas e olhos, por exemplo. O sol pode provocar este tipo de herpes.
Mononucleose infecciosa: Ou doença do beijo ou doença dos noivos, por ser mais vulgarmente transmitida pela saliva no beijo boca a boca,  é uma doença infecciosa transmitida pelo vírus Epstein-Barr, caracterizada pela existência no sangue de um número anormalmente elevado de leucócitos mononucleares (célula que tem um só núcleo). Pode apresentar sintomas parecidos com gripe, febre, fraqueza, perda de apetite, mal-estar, cansaço, náuseas, dor muscular, de cabeça ou de garganta, etc. Por vezes causa dilatação do baço. A duração da doença varia de uma a várias semanas e tende a desaparecer por si, sendo recomendado aos afectados o maior descanso possível.


Sífilis, produzida pela bactéria espiralada Treponema pallidum, extremamente infecciosa. Chegou a ser um dos grandes flagelos da humanidade, atingindo um pico máximo durante a Segunda Guerra Mundial. Passou a estar  controlada eficazmente, mas está a verificar-se um assustador ressurgimento, e uma pessoa que tenha sido curada de sífilis não fica imune de voltar a infectar-se.
Doença transmitida por hereditariedade, por contacto sexual, pelo beijo, ou até por contacto com material infectado. É a doença de contornos sexuais mais perigosa, depois da SIDA, podendo levar  meses a manifestar-se, com uma natureza sistémica, ou seja, usando o sistema linfático como veículo, ataca todo o organismo. Pode infectar um feto durante a gravidez, causando graves problemas. Inicialmente ataca rapidamente e depois evolui de forma lenta e crónica, com períodos agudos e de latência. O primeiro estágio é:
Sífilis primária: fase muito contagiosa, apresenta uma lesão primária, dita cancro sifilítico ou cancro duro ou sifiloma, no local da infecção. Começa como uma pequena área avermelhada  saliente que se converte numa ferida (úlcera), ou feridas pouco dolorosas, de bordas endurecidas que, se tocadas, libertam uma excreção transparente muito contagiosa. Estes sinais desaparecem naturalmente em poucas semanas dando a falsa ilusão de que o indivíduo afectado se curou. Passados cerca de 1 a 3 meses, entra-se no segundo estágio...
Sífilis secundária, fase muito contagiosa, com inúmeros sintomas, como manchas  avermelhadas na pele, feridas, bolhas na cara, inflamação dos olhos, dos ossos e articulações, sangrar na boca, sensação de mal estar, náusea, vómitos, fadiga, anemia, dor de cabeça, etc, distúrbios estes que podem desaparecer naturalmente, dando lugar a um terceiro estágio...
Sífilis terciária, considerada não contagiosa, sem sintomas visíveis ou, pelo contrário, com sintomas muito variados. É dividida em 3 grupos:
a) Sífilis terciária benigna, um estágio que pode ser caracterizado por  sífilides e gomas (tumores sifilíticos) com febre, caroços doridos dispersos pelo corpo, borbulhas na cara, queda de tufos de cabelo.
b)  Sífilis cardiovascular que pode causar dor no peito, insuficiência cardíaca e morte.
c)  Neurossífiles  com três categorias:
c-1) meningovascular, atacando o cérebreo e/ou a espinal medula, com várias consequências.
c-2) parética (ou parilisia do louco) que começa com alterações de comportamento do afectado e acaba geralmente em demência
c-3) tabética que ataca a espinal medula, com várias consequências.
É um estágio latente, que pode durar vários anos ou para o resto da vida, em que se não verificam sintomas, embora ocasionalmente as úlceras possam reaparecer.

Em resumo, a sífilis é uma doença muito contagiosa e que pode ser passada à descendência. Se não for tratada  causa não só grandes distúrbios fisiológicos, atacando múltiplos órgãos como os olhos, a pele, os ossos, o sistema cardiovascular e o sistema nervoso, mas igualmente demência e outros distúrbios psicológicos assim como aborto espontâneo, parto prematuro, paralisia e até morte.
Chama-se sifilologista ou sifilólogo à pessoa que se dedica ao estudo da sífilis, e sifilologia  (sifilolografia, sifiligrafia) ao estudo (ou tratado) sobre a sífilis.

Tricomoníase genital, causada pelo Trichomonas, um protozoário flagelado, e pode provocar irritações e infecções crónicas das vias genitais e da uretra, com secreção amarelada e malcheirosa.
Uretrite: uma inflamação da uretra que pode, ou não, ter sido causada por uma DST.
Urorragia: hemorragia pelas vias urinárias que pode, ou não, ser causada por uma DST.
VHP, uma infecção causada por um grupo de vírus (HPV ou Human Papilloma Viruses- Virus do papiloma humano), transmitida por coito ou por um simples contacto sem penetração, entre órgãos genitais. Muito vulgar, causa lesões verrugosas tipo couve-flor, não dolorosas, por toda a região genital, no ânus e, nas mulheres, também no colo do útero.
É uma doença por vezes incurável ou tendendo a adormecer aparentemente curada e, depois, a reaparecer.
Existe uma provável correlação entre  infecções pelo papilomavírus e o cancro do útero e vulva e, mais raro, o cancro do pénis e ânus.
Curiosidade: Estima-se que em certas zonas costeiras da República da África do Sul, 30% dos adultos e 5% de jovens, não europeus, estejam infectados com alguma variante de doença venérea.

Apesar de toda a informação que tem sido dada sobre as DST's, parece que estas estão a aumentar após uma quebra na sua incidência. A sífilis, que era uma doença mais ou menos controlada, está a reaparecer a um ritmo assustador em certos países.
Algumas disfunções sexuais

Na página 5 referiu-se ao mecanismo da erecção masculina. A actuação sexual masculina ou feminina, numa cópula, é controlada por uma interligação de várias partes do sistema nervoso, e cobre 4 etapas:
Desejo: o querer-se participar num acto sexual. Pode ser estimulado por pensamentos, ou estímulos visuais ou verbais
Excitação: No homem causa uma erecção e um aquecimento do pénis e,  na mulher, uma intumescência da vulva, seios e clítoris, e um humedecimento e aquecimento dos lábios vulvares  e da vagina.
Orgasmo: Clímax da excitação, geralmente no findar dum acto sexual. No homem o sémen é ejaculado e na mulher, há um aumento do humedecimento genital, por vexes acompanhado de outras reacções particulares, aprazíveis.
Resolução: Depois do orgasmo surge uma sensação de relaxação e cansaço. Após uma ejaculação os homens precisam de um tempo de recuperação antes de terem outra erecção (período refractário). As mulheres não têm este período de espera.
As disfunções sexuais afectam 3 áreas: desejo, excitação e orgasmo.
As disfunções mais comuns nas mulheres são:
Desejo sexual inibido e aversão sexual: falta de interesse em ter sexo (frigidez, frieza sexual, anafrodisia).

Excitação sexual inibida: Se, aceitando um acto sexual, não consegue excitar-se e obter suficiente lubrificação natural vaginal.

Disfunção orgástica: Se não atinge o orgasmo muitas ou na maioria das vezes.
Por vezes pensa-se que a testosterona é uma hormona só encontrada nos homens mas, na realidade, ela existe nas mulheres e é ela que lhe dá o desejo sexual. Em meados de 2004 apareceu no mercado um emplastro impregnado de testosterona que a mulher coloca sobre a barriga, durante duas semanas, para que a esta hormona passe ao seu sistema sanguíneo, sendo dito que aumenta o desejo sexual em 74% dos casos, especialmente em mulheres que sofreram uma histerectomia ( remoção do útero).

Curiosidade: Há «camisinhas» com um anel volumoso e rugoso, na base, próprio para aumentar a excitação na mulher ao esfregar o clítoris, e há anéis soltos para o mesmo fim, que se podem colocar no pénis, com ou sem "camisinhas".
As disfunções mais comuns nos homens são:
Ausência ou diminuição de desejo sexual (líbido): com várias causas psicológicas, morais ou físicas como, por exemplo, um decréscimo de níveis de androgénios (testosterona). Em caso extremo de trauma sexual pode-se ter aversão sexual.
Disfunção eréctil (impotência) ou DE, quando não se consegue obter ou manter uma erecção adequada para permitir uma penetração e coito, ou masturbação. Nada tem a ver com ejaculação, a líbido ou fertilidade, mas algumas entidades  medicas consideram a infertilidade  uma disfunção sexual.. Relatórios médicos tendem a apontar  idades a partir dos 55 anos, como aquelas em que é mais dominante, mas...
É preciso desfazer a ideia que a impotência só afecta adultos. É normal que a habilidade sexual diminua gradualmente com a idade, a partir de certo momento, mas é verdade que há impotentes a todos os níveis etários, mesmo entre adolescentes, que há casos de impotentes juvenis que o deixam de ser em idades mais avançadas (sem a ajuda  de «Viagras»), e que há pessoas idosas sexualmente mais potentes que muitos jovens.
A remoção total da próstata, tendia a causar impotência, mas novos métodos cirúrgicos podem salvar os nervos indo ao pénis, e uma erecção é assim possível.
A quebra do tabu sexual conduziu a uma liberalização anárquica da sexualidade, colocando um pesado fardo sobre o homem  que se vê sob a obrigatoriedade diária de mostrar o que vale sexualmente, mas o seu aparelho sexual não foi desenhado, pela natureza, para tal esforço.

Uma relação sexual é um acto fisicamente desgastante para o homem. Medicamentos como o Viagra apenas facilitam uma erecção pontual e trabalham como uma chicotada física e psíquica que tem de ser compensada com repouso físico e mental, e com uma alimentação adequada, evitando-se abusos de álcool e tabaco

A nível mundial estima-se que 10% dos homens são impotentes mas, como se referiu, não é necessariamente selectivo com idades, embora apareçam frequentes referências de problemas com homens com mais de 40 ou 45 anos.
CAUSA E ... CURA ?
Há várias razões para as DE.
Podem ser motivadas por distúrbios físicos, como deficiências ou deformações nos órgãos genitais, debilidade geral, danos na espinal-medula,  doenças como a diabetes, a esclerose múltipla, a hipertensão, problemas renais e cardiovasculares, estilos de vida como tabagismo, alcoolismo, falta de repouso, alimentação inadequada, toxicodependência, «perder noites em excesso», etc, por bloqueios psicológicos ou factores psicossociais como estados depressivos de tensão (stress), causado por problemas familiares, de trabalho, ou financeiros, por inibição religiosa, receios de doença ou gravidez, sexo «imoral» como numa relação adulterosa, repugnância da condição física do parceiro, inimizade, etc, por efeitos secundários de medicação para outras anomalias sobretudo antidepressivos, ansiolíticos, ou anti-ipertensivos, ou por falta de procedimento apropriado (carência afectiva ou de carícias de zonas erógenas) durante o encontro amoroso.

Se a DE tem causa  funcional  pode ser investigado com testes sanguíneos aos níveis de testosterona, tiroxina, prolactina, hormona luteinizante, glicose, etc.


P
ara além de tratamento «mental», que possa ser necessário, e de correcção de estilos de vida prejudiciais, é uma anomalia que se tenta corrigir, em casos muito graves, com próteses rígidas ou insufláveis, internas ou externas e, em casos menos graves, com bombas internas «hidráulicas», com bombas de sucção externas (por vácuo parcial) que incham o pénis e, uma vez atingida uma erecção, com a colocação de anéis (argolas, bandas) de silicone, bloqueadores de fuga de sangue, referidos mais abaixo, com aplicação  de postaglandinas sob a forma de injecção intracavernosa no pénis, injecções de papaverina nos corpos cavernosos, com uso de comprimido uretral (provocam  certa dor), com cremes, com medicamentos como o Viagra, o Cialis e o Levitra, procura de estimulantes eróticos

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