Pesquisar Saúde da mulher ou em Blogs amigos

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

PRINCIPAIS DOENÇAS e TRATAMENTOS

Hepatite B:

A presença do Vírus B no sangue e em todos os fluidos corporais e sua grande resistência ao calor explicam as possibilidades de contaminação. A redução da freqüência das hepatites por transfusões exige o uso moderado das transfusões sangüíneas, limitando-as aos casos onde sejam estritamente necessárias e restringindo sua quantidade ao mínimo necessário. A aplicação de todas as medidas de biossegurança limita a disseminação do vírus, principalmente em todas as práticas realizadas na atividade assistencial à saúde (utilização de luvas, manuseio cuidadoso de agulhas e outros elementos de contato etc.).
Hepatite C:

Com a introdução nos bancos de sangue da pesquisa do anticorpo Anti-Vírus C a partir de 1990, obteve-se uma redução de 50% a 70% dos casos de hepatite por transfusões. Ademais, devem ser consideradas todas as normas de biossegurança já mencionadas.
Hepatite D:
As medidas de prevenção da infecção pelo Vírus B são aplicáveis para o Vírus D.
Hepatite E:
Semelhante ao Vírus A, é fundamental melhorar as condições higiênico-sanitárias, tendo cuidado especial no tratamento da água (fervê-la, clorá-la etc.).
Vacinas

Atualmente há vacinas contra a Hepatite B obtidas mediante técnicas de engenharia genética e uma vacina contra a Hepatite A obtida de vírus mortos. A vacina da Hepatite A é recomendada para os adultos que vão viajar para zonas endêmicas, mas é previsível que se amplie sua indicação a grupos de risco (pessoal de serviços de saúde, enfermeiras pediatras etc.). Em algumas regiões, a vacina da Hepatite B incorporou-se ao calendário de vacinação obrigatório da infância e, em outras, é administrada de modo universal aos adolescentes. Ademais, a sua administração é recomendada em pessoas susceptíveis com elevado risco de contrair a infecção. Entre elas estão os profissionais de serviços de saúde expostos ao contato com o sangue ou seus derivados (laboratórios, bancos de sangue, dentistas, cirurgiões etc. ), pessoas em hemodiálise periódica, hemofílicos, filhos de mães portadoras, cônjuges de doentes com Hepatite B, pessoas de vida sexual promíscua e viciados em drogas
HIPERTENSÃO
Definição

A hipertensão arterial é o aumento desproporcionado dos níveis da pressão em relação, principalmente, à idade. A pressão arterial normal num adulto alcança um valor máximo de 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e mínimo de 90 mmHg. Valores maiores indicam hipertensão (pressão alta).
A incidência de pressão alta é observada em relação a:
Idade e Sexo: A pressão alta é mais comum nos homens do que nas mulheres, e em pessoas de idade mais avançada do que nos jovens.
Genética: Pessoas com antecedentes familiares de hipertensão têm maior predisposição a sofrer da mesma.
Estresse.
Excesso de peso (obesidade).
Causas

As causas que provocam a pressão alta são muitas e variadas. Na maioria dos casos, a causa é desconhecida ou não está bem definida. Entre as causas conhecidas estão as doenças dos rins, das glândulas (endócrinas), do sistema nervoso, o abuso de certos medicamentos e a gravidez.
Sintomas

Na primeira fase a hipertensão arterial não apresenta sintomas, mas, à medida que os anos vão passando, eles começam a aparecer. Os mais comuns são: dor de cabeça, falta de ar, enjôos, visão turva que pode estar acompanhada de zumbidos, debilidade, sangramento pelo nariz, palpitações e até desmaios.
A importância da pressão alta não está nos sintomas, mas nas graves complicações que podem provocar um enfarte agudo de miocárdio, ou um derrame cerebral, e até a morte de forma instantânea.
Tratamento e prevenção

A melhor forma de prevenir a doença é mediante um controle periódico (tirar a pressão), não abusar das comidas com sal, caminhar e evitar o fumo e o café, que aumentam a pressão arterial. Em resumo, tentar modificar o estilo de vida.
Os tratamentos são destinados a manter a pressão arterial dentro dos limites normais, por um lado insistindo nas formas acima descritas de prevenção, e por outro, mediante medicamentos que, por diferentes ações, mantêm a pressão dentro dos limites normais. Os fármacos mais receitados são os diuréticos, os betabloqueadores e os vasodilatadores.
HIPOTIREOIDISMO
O hipotireoidismo é um quadro clínico caracterizado por uma diminuição na produção de hormônios tireoidiano pela tiróide, seja por uma alteração da própria glândula ou por uma diminuição em sua estimulação por outros hormônios produzidos no sistema nervoso central.
É uma doença que se apresenta com relativa freqüência, principalmente nas mulheres. Quando suas manifestações são leves, ela pode aparecer e ficar muito tempo sem ser detectada.
Quando o hipotireoidismo começa na própria glândula tireoidiana é denominado "primário" e aquele que resulta da estimulação insuficiente dessa glândula denomina-se "secundário". 
Quadro Clínico
O quadro clínico nos adultos, também chamado mixedema, tende a começar insidiosamente e é muito pouco perceptível. As pessoas com esse problema sentem frio até mesmo em pleno verão; sempre se cobrem mais do normal nesta época do ano. Cansaço e diminuição do apetite são freqüentes. Em geral não ocorrem grandes modificações no peso, mas este pode aumentar devido à retenção de líquidos. A voz se torna rouca e áspera. Observa-se na pele uma inchação característica, sobretudo no rosto, na nuca e na parte externa das mãos e dos pés. Ademais, a pele tende a ficar muito seca, endurecida, escamosa e pálida ou amarelada. O cabelo, as pestanas, as sobrancelhas e os pêlos corporais se tornam secos, grossos, frágeis e tendem a cair. As unhas também se tornam quebradiças e crescem lentamente.
O aumento do tamanho da língua, a palidez e inchação das gengivas, e a constipação são freqüentes.
Os pacientes sofrem perda de memória e apresentam outras manifestações de deterioração mental, com uma mudança gradativa da personalidade. Alguns sofrem de depressão.
O hipotireoidismo no recém-nascido tende a se manifestar através da dificuldade para respirar e icterícia (coloração amarelada da pele e das mucosas por aumento na bilirrubina). Ficam sonolentos, inchados, desinteressados pela alimentação, com um choro rouco e constipação. Caso não seja detectado e tratado corretamente, o hipotireoidismo pode provocar, além das características já descritas, graves alterações no crescimento e no desenvolvimento. As conseqüências mais sérias se produzem no sistema nervoso, com tremores, falta de coordenação motora e alterações mentais que causam retardamento do desenvolvimento mental. Uma vez estabelecido esse quadro denomina-se cretinismo. Quando o hipotireoidismo começa entre os 6 meses e os 2 anos de idade, também podem aparecer alterações mentais, caso não haja diagnóstico e tratamento imediato. Mas se o quadro se iniciar depois dos 2 anos, é mais raro ocorrer um déficit mental permanente.
Tratamento

O tratamento consiste na administração ininterrupta de hormônios tireoidianos. Como na maioria dos casos a diminuição da função da glândula tireoidiana é definitiva, é imprescindível manter o tratamento durante a vida toda.
Embora existam muitos medicamentos para a terapia hormonal, a levotiroxina é o de escolha para o início da mesma.
O tratamento inicial deve ser realizado com precaução nos casos graves de evolução prolongada, em pessoas de idade avançada, hipertensas, com arritmias e/ou insuficiência cardíaca.
HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana)
Trata-se de uma infecção viral crÿnica pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana - sendo HIV a sigla em inglês) que destrui gradativamente o sistema imunológico.
A infecção pelo vírus HIV não significa contrair a AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), sendo que o período transitório entre a infecção e a doença pode durar muitos anos sem haver sintomas. A pessoa infectada sente-se bem e tem bom aspecto.
Nesta situação, com infecção mas sem doença, diz-se que a pessoa é "soropositiva", já que pode contagiar outras pessoas.
A infecção por HIV assintomática é caracterizada por um período no qual ocorre uma deterioração lenta do sistema imunológico. Há uma depleção dos linfáticos auxiliares CD4, criando uma deterioração do sistema imunológico.
A pessoa infectada normalmente não tem sintomas, podendo passar um período de 10 anos ou mais antes que estes se desenvolvam.
Às vezes, podem aparecer nódulos linfáticos inflamados, desordens na pele ou meningite séptica. Nesta fase não há sintomas nem sinais de infecção.
Num estudo entre pessoas infectadas por HIV realizado entre 1977 e 1980, alguns indivíduos não apresentavam nenhum sintoma enquanto que outros apenas apresentavam linfo-adenopatias generalizadas (nódulos inflamados).
Não se pode afirmar que todas as pessoas infectadas com o HIV desenvolvem inevitavelmente a AIDS.
Os fatores de risco de uma infecção por HIV são o contato sexual com uma pessoa infectada, uso de drogas por via intravenosa, transfusões de sangue ou plasma contaminados, ou nascer de uma mãe infectada
Sintomas:

Não há sintomas nesta fase da doença. Mas quando estes começam a aparecer, incluem:
- Inflamação das glândulas linfáticas.
- Desordens na pele.
- Meningite séptica. Diagnóstico:
- O exame que mostra a infecção por HIV se chama ELISA, um exame de anticorpos HIV. O exame para o HIV pode passar por um período "cego" ou negativo falso.Este período transcorre desde a infecção do indivíduo com o HIV até a soroconversão positiva.
Este período deve ser menor de 6 meses, pois antes disso os exames comerciais apresentam resultados positivos em 95% das pessoas infectadas pelo vírus HIV.
Este período é muito importante dado que o indivíduo, sendo soronegativo, pode contagiar outras pessoas.
Tratamento:

Recomenda-se terapia com agentes antivirais em pessoas infectadas pelo HIV, tanto sintomáticas como assintomáticas, cuja conta de CD4 seja de 500 ou menos.
Sabe-se que as pessoas infectadas pelo HIV desenvolvem a AIDS num tempo variável, sendo a média de 8 a 10 anos, embora as crianças a desenvolvam muito antes. Todavia, existem pessoas que, depois de 15 anos de infecção, não manifestam sinais da doença.
Uma vez que a AIDS tenha se desenvolvido, a morte segue inevitavelmente em 2 a 3 anos.
IMPOTÊNCIA
Na sexologia, a questão das disfunções, tanto no homem quanto na mulher, é, talvez, a que gera mais problemas de definição e de diagnóstico.
O termo impotência, popular e pejorativo, que sugere um fracasso contínuo na ereção, está sendo substituído por expressões como disfunção erétil, ou também inibição ou falha da ereção.
As principais causas desta dificuldade podem ser resumidas em duas: o fato de tratar-se de um tema que tem sido tabu durante muitos séculos, especialmente na sociedade ocidental, e o problema derivado da importância que os fatores psicológicos adquirem, ao serem somados aos puramente orgânicos, nas alterações do que se poderia chamar de um funcionamento normal da sexualidade (entendendo por "normal" o que é satisfatório para ambos os membros do casal). Este funcionamento "normal" é alterado no homem essencialmente pela impotência, a ejaculação precoce ou a ausência de ejaculação.
Definição:
Podemos definir o transtorno da ereção no homem como a incapacidade para obter ou manter uma ereção suficiente para consumar o ato sexual. Na realidade, as situações susceptíveis de serem englobadas dentro de um problema erétil são tantas, e tão variadas, que é impossível chegar a uma definição que abranja todas.
Assim, pode haver uma falta parcial de ereção que, todavia, permite o coito; ou pode ocorrer uma falta completa de ereção, que não o permita, mas que somente ocorre de vez em quando, apresentando-se, nas demais ocasiões, uma ereção correta. O problema pode se apresentar de forma recorrente, ocasionalmente ou por períodos prolongados.
Mecanismo erétil:
Mecanismo responsável é um simples fenômeno hidráulico que ocorre de forma reflexiva. Mas, para que este "mecanismo da ereção" tenha lugar, é preciso que um grande número de estruturas estejam em perfeito estado de funcionamento.
Em primeiro lugar deve existir um nível adequado de testosterona (hormônio sexual masculino). Mesmo não sabendo-se qual o efeito exato que a testosterona tem na ereção, esse hormônio desempenha um papel importante na manutenção de um desejo sexual elevado.
Em segundo lugar, deve haver um estímulo que desencadeie o processo erétil. Quando o pênis ou a área adjacente é estimulada fisicamente, ocorre um estímulo que gera uma resposta de dilatação arterial que dá lugar à ereção. Por outro lado, o estímulo pode provir do próprio cérebro, que tem centros capazes não somente de iniciar a ereção mas também de inibi-la. Quando há estímulos reconhecidos como eróticos, o cérebro, enviando ordens, inicia a ereção de forma automática e involuntária.
Terceiro ponto importante é que se mantenham íntegras todas as vias nervosas que conduzem estes impulsos. No caso de estarem deteriorados por alguma doença (diabete ou alcoolismo) ou por um traumatismo ou cirurgia, a transmissão do impulso nervoso fica impedida. O objetivo desse impulso é a dilatação de algumas artérias que inundarão de sangue o tecido erétil.
Portanto, o quarto fator é a boa manutenção da rega sangüínea. O quinto ponto é o tecido erétil, que deve realizar corretamente a função de esponja. No caso contrário se dificulta a expansão do tecido e, portanto, a ereção. Para manter a ereção, é necessário o fechamento de válvulas venosas que impedem que se saia o sangue que entra. É fundamental, portanto, o bom funcionamento dessas válvulas.
Causas:
Como acabamos de ver, intervêm na ereção aspectos orgânicos, como o fluxo sangüíneo ou o impulso nervoso, diretamente implicados na mecânica erétil, e outros, que chamaríamos de psíquicos, mais relacionados com o controle neurológico do processo. O problema aparece quando qualquer um desses processos falha.
Apesar da dificuldade para distinguir entre os fatores orgânicos e psíquicos, que muitas vezes aparecem em conjunto, continuam-se fazendo muitas afirmações sobre este tema. Até uns anos atrás, se afirmava que 90% dos problemas eréteis eram de causa psíquica. Atualmente, há aqueles que afirmam quase o contrário, e encontram problemas orgânicos em quase todos os casos. Na realidade, a discussão não pode ficar presa a estes termos, já que a maioria das situações não correspondem unicamente a um extremo ou outro. Recentemente (maio/2006) um estudo de pesquisadores australianos apresentou provas de que a principal causa da impotência é de natureza genética e não psíquica como vinham sendo tratados a maioria dos casos. Entretanto ainda há ressalvas quanto a essa determinação.
Tratamento:
Devemos distinguir dois aspectos no tratamento da disfunção erétil. Por um lado, há a abordagem terapêutica ao que se tem denominado impotência psíquica (não devida a causas orgânicas). Por outro, há a terapia de qualquer problema orgânico que esteja contribuindo, em maior ou menor grau, à persistência do problema erétil.
Existem diversos métodos para tratar as disfunções eréteis. Alguns propõem que o tratamento seja orientado para que o homem aprenda a deixar de estar dependente de sua própria ereção, eliminando a ansiedade que o medo do fracasso cria nele. Enquanto um homem se sente "obrigado" a responder sexualmente, é possível que nunca solucione seu problema. Impõe-se,
portanto, por parte da mulher, uma atitude compreensiva (mas não compassiva) e de procura de alternativos, com o objeto de descarregar seu parceiro da responsabilidade.
O tratamento das disfunções orgânicas deve ser orientado em primeiro lugar a um controle dos fatores de risco: tabagismo, consumo de álcool e níveis altos de açúcar ou colesterol no sangue. Em segundo lugar, a alteração orgânica encontrada deve ser tratada: reposição hormonal (somente quando se apresentam problemas a este nível), medicamentos que aumentam o fluxo
sangüíneo quando este não for adequado, regeradores neurológicos (quando são os nervos que estão danificados) ou cirurgia quando deve ser reparada uma artéria obstruída, ou veias que deixam escapar sangue demasiado.
Como última opção, quando outras técnicas tiverem fracassado, pode recorrer-se à implantação de uma prótese no pênis.
INFECÇÃO URINÁRIA
A infecção urinária consiste na presença de microorganismos capazes de produzir infecção na urina e/ou nos diferentes órgãos que formam o aparelho urinário. Do ponto de vista clínico, e por sua localização, pode ser dividida em dois grupos: infecções das vias urinárias inferiores, localizadas na bexiga (cistite), na próstata (prostatite) e na uretra (uretrite); e as infecções das vias urinárias superiores, localizadas nos rins (pielonefrite).
As urinárias são as infecções de origem bacteriana mais freqüentes na população, predominando no sexo feminino. Ocorrem em qualquer idade, desde os recém-nascidos até os idosos. Nas mulheres, ocorre com uma incidência elevada: entre 20% e 30% delas já sofreram pelo menos uma vez de infecção urinária no transcurso de sua vida. O pico máximo ocorre quando a mulher
começa a ter relações sexuais, e durante a gravidez.
Nos homens, este tipo de infecção predomina nos extremos da vida, nos recém-nascidos e a partir dos 60 anos de idade, quando aparecem alterações na próstata.
Os agentes bacterianos mais freqüentemente envolvidos são a Escherichia Coli, Proteus, Klebsiella e os Staphylococcus. É raro que este tipo de infecção seja produzido por vírus. Entre os fungos, o mais freqüente é a Candida albicans.
As referências a seguir tratam exclusivamente da pielonefrite que, por sua importância clínica, necessita de atenção distinta das demais infecções urinárias. Estas últimas serão discutidas em seções especiais
Quadro clínico
A pielonefrite se carateriza pelo aparecimento de calafrios e o aumento na temperatura corporal, podendo ser superior aos 40 graus centígrados. Há ainda dor na região lombar, que pode irradiar-se à região abdominal, acompanhada de náuseas e vômitos. O aparecimento de problemas urinários, como dificuldade para urinar e aumento na freqüência das micções, é comum. Porém, é importante lembrar que estes sintomas urinários podem não estar presentes ou podem aparecer mais tarde.
Nas crianças menores de dois anos, o quadro clínico se apresenta de forma menos específica, com febre, vômitos e dor abdominal.
Aproximadamente 50% das pessoas com pielonefrite têm antecedentes de infecções nas vias urinárias baixas nos 6 meses anteriores.
Tratamento
O tratamento deve basear-se na administração de antibióticos de eficácia comprovada, que alcançam concentrações adequadas e efetivas nas vias urinárias. É imprescindível a identificação do micróbio, assim como a existência de fatores favoráveis à infecção.
Atualmente, a via e a duração do tratamento estão sendo discutidas por alguns autores, mas a administração de quinolonas como a ciprofloxacina durante 10 ou 12 dias tende a ser a mais indicada. Uma alternativa pode ser as cefalosporinas ou a trimetropina/sulfametoxasol como tratamento primário.
Nas crianças menores de dois anos, o quadro clínico se apresenta de forma menos específica, com febre, vômitos e dor abdominal.
Aproximadamente 50% das pessoas com pielonefrite têm antecedentes de infecções nas vias urinárias baixas nos 6 meses anteriores.
LEUCEMIA
A Leucemia é uma doença caracterizada pela cessação do amadurecimento das células encarregadas da formação dos constituintes do sangue, com uma proliferação e crescimento descontrolado de células sangüíneas imaturas. Esta proliferação se origina ao nível da medula óssea, a partir da qual se dissemina ao sangue e aos diferentes tecidos.
É o câncer mais freqüente na infância, representando 35% a 40% dos cânceres pediátricos, com uma incidência de 3 a 4 casos por ano em cada 100.000 crianças menores de 15 anos.
Mesmo que as causas desencadeantes do quadro sejam desconhecidas, alguns fatores têm sido associados, como a exposi¸ão a radiações ionizantes, agentes químicos (pesticida, benzina, etc.) ou alquilantes; todavia, a presen¸a desses antecedentes em crianças é rara.
Nos anos 60, representava uma doen¸a mortal, com 80% de óbitos ocorrendo no prazo de 6 meses da doen¸a ter sido diagnosticada. Posteriormente, graças a um maior conhecimento do desenvolvimento tumoral, desenvolveram-se programas
eficazes de tratamento com um índice de cura entre 50% e 70% dos casos.
Quadro Clínico
As manifestações clínicas caraterísticas podem ser divididas em quatro síndromes:

Síndrome anêmica: Observa-se uma anemia progressiva com palidez da pele e das mucosas, com cansa¸o fácil, dificuldade para respirar que aumenta com o esforço físico, dores de cabeça, irritabilidade ou sonolência e aumento da freqüência cardíaca.

Síndrome hemorrágica: Desencadeada principalmente pela grande diminuição ou desaparecimento das plaquetas do sangue. As hemorragias podem ser observadas em qualquer lugar do corpo, mas principalmente se observam ao nível da pele e das mucosas, criando desde hematomas até grandes hemorragias associadas ou não a traumatismos. Sangrar pelo nariz é um dos sintomas mais comuns e, como conseqüência de sua abundância e reaparecimento, tende a ser o primeiro sintoma que motiva a consulta médica.

Síndrome Febril: Em aproximadamente 30% dos casos é a febre de vários dias de evolução, geralmente associada à tosse, dor ao engolir ou dor abdominal, que leva à consulta médica.

Síndrome Tumoral: É caraterizada pela infiltração das células sangüíneas imaturas nos diferentes órgãos. Os órgãos mais freqüentemente afetados são o fígado, ba¸o, gânglios e genitais. O comprometimento dos ossos e articula¸ões, em 25% a 30% dos casos, desencadeia dores intensas. A afetação do sistema nervoso central se manifesta por vômitos, dores de cabeça e
paralisia de alguns nervos. Ao nível dos órgãos genitais, o testículo é afetado em 10% a 20% dos casos com um aumento de seu tamanho, mas sem produção de dor. O ovário, em contrapartida, não costuma ser afetado.
Tratamento
A partir da década de 70, e como conseqüência do maior conhecimento da doença e de um melhor desenvolvimento dos programas terapêuticos, mais de 70% dessas crian¸as puderam ser curadas, alcançando saudavelmente a idade adulta.
O tratamento da Leucemia se baseia principalmente em dois pilares: a quimioterapia, que tem como objetivo o desaparecimento das células leucêmicas, e o tratamento de apoio com o propósito de controlar as complica¸ões que podem aparecer. É de grande importância um controle adequado das hemorragias e das infecções que em alguns casos podem ser fatais.
MENINGITE
Definição:
A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal.
As causas são muitas, mas podem ser classificadas em bacterianas, virais e micóticas (fungos).
As bactérias são as responsáveis pela maioria das meningites. A freqüência com que cada tipo se apresenta está diretamente relacionada com a idade. Nos adultos predomina o pneumococo, em crianças e jovens é o meningococo, e o Haemophilus influenza predomina entre os 2 meses e os 5 anos de idade.
Entre os fungos, o Criptococco neoformans é o mais freqüente. As meningites de origem viral são de evolução benigna e autolimitada. Noventa por cento das pessoas afetadas têm menos de 30 anos de idade.
Aproximadamente 70% dos casos são causados por enterovírus (Coxsackie, echovirus) e ocorrem mais freqüentemente no final do verão e no início do outono.
Nos países em desenvolvimento, a meningite bacteriana continua sendo uma doença que coloca em risco de vida as pessoas mais vulneráveis, como os recém-nascidos, os idosos e aqueles com deficiência no sistema imunológico.
Quadro Clínico

As manifestações clínicas se caracterizam por febre, vômitos, dor de cabeça intensa e generalizada, dores musculares, rigidez da nuca e alteração do estado de consciência.
A febre é o sintoma mais freqüente, sendo superior aos 39o C. Os vômitos se apresentam em jato e geralmente não são acompanhados de náuseas.
O estado de consciência pode ficar diminuído, embora não sempre, oscilando entre uma sonolência e até o coma, com episódios de excitação intercalados.
Também podem ser encontradas manifestações clínicas como conseqüência da infecção na porta de entrada do micróbio, como a presença de catarro nas vias respiratórias, o que ajuda a identificar os microorganismos responsáveis pelo quadro clínico.
A meningite de origem bacteriana constitui uma das complicações mais freqüentes da otite média aguda, sendo o pneumococo o agente causador mais freqüente.
Nas crianças os sintomas e sinais são menos perceptíveis. Febre, vômitos e choro intenso são freqüentes, mas a rigidez da nuca pode não ocorrer.
As meningites não tratadas podem ser mortais na maioria dos casos. Mas se forem tratadas de maneira precoce e adequada a mortalidade é inferior a 10%.
Tratamento

Este quadro clínico constitui uma urgência médica; se o tratamento demorar, a mortalidade e as seqüelas neurológicas podem aumentar consideravelmente.
O tratamento se baseia na erradicação do microorganismo do sistema nervoso e no combate às complicações neurológicas que possam aparecer em conseqüência da proliferação bacteriana.
A escolha do antibiótico adequado depende do micróbio causador e do quadro clínico. Os mais utilizados são a ampicilina, as cefalosporinas, a gentamicina e a vancomicina.
A prevenção da maioria das meningites é feita mediante a administração de vacinas. A vacinação dos lactentes contra o Haemophilus influenza tem diminuído consideravelmente os casos de meningite causada por estes agentes.
A vacinação contra o meningococo se realiza principalmente durante as epidemias e nas populações sob suspeita de uma disseminação da doença.

Nenhum comentário:

Postar um comentário