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domingo, 26 de setembro de 2010

É possível ter filhos após a vasectomia?

A vasectomia ou cirurgia de ligadura dos ductos deferentes representa um dos métodos contraceptivos mais utilizados em todo o mundo. Embora amplamente realizada como método anticoncepcional definitivo (assim como a cirurgia de ligadura ou laqueadura tubária na mulher), aproximadamente 10% dos homens vasectomizados buscam auxílio médico para serem pais novamente.

Entre as causas mais freqüentes para esta mudança de expectativa estão um novo casamento, o desejo de uma nova criança na mesma relação e até mesmo a dolorosa experiência da perda de um filho. “Apesar da reversão da vasectomia ser tecnicamente viável, com o passar dos anos após a cirurgia, vão ocorrendo danos progressivos e irreversíveis ao processo de formação dos espermatozóides”, informa o médico especialista em reprodução humana, Nilo Frantz.

Segundo ele, são verificados bons índices de repermeabilização dos canais deferentes (cirurgia de reversão da vasectomia), porém, com baixas taxas de gestação devido à formação de fibrose e de anti-corpos anti-espermatozóides. “Uma das técnicas mais utilizadas atualmente pelos serviços de Reprodução Humana é a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóide (ICSI), variante da fertilização in vitro tradicional (FIV ou ‘bebê de proveta’)”, explica.

Através do uso de um equipamento especial chamado micromanipulador, acoplado a um microscópio, faz-se possível a fecundação em laboratório, sendo necessária a obtenção de apenas um único espermatozóide para injetá-lo dentro do óvulo. Além de ser utilizada com muito sucesso nos casos de infertilidade masculina, não há a necessidade da cirurgia para a reversão da vasectomia, ou seja, o casal permanece protegido contra uma gravidez não planejada por meio da cirurgia previamente feita e mantida.

O que é vasectomia?

É um método de esterilização masculina de caráter definitivo e seguro. Trata-se de uma pequena e rápida cirurgia realizada logo acima da bolsa escrotal, feita com anestesia local no próprio consultório médico, sem a necessidade de internação hospitalar. O procedimento consiste em cortar os canais deferentes, evitando assim que o líquido espermático ejaculado contenha os espermatozóides necessários para uma fecundação, sem contudo interferir na produção do hormônio masculino, virilidade, potência ou desejo sexual.

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